Alguns dias após da publicação de Sete Ciganos, recebi uma correspondência que me deixou estupefato. Era nada mais nada menos do que um embrulho bem empacotado vindo de Srinagar – Índia. Ele pesava um pouco e no espaço do remetente havia o nome Cigano Peregrino.
Ansioso, abri a encomenda e encontrei um manuscrito que tinha o titulo homônimo da obra que você está lendo e havia a seguinte missiva;
“Caro Aruanda,
Foi com muita emoção que li a história do meu pai e dos seus seis amigos e por confiar tranquilamente em você, decidi enviar-lhe minha história, onde conto minhas andanças, falo dos meus amores, aprendizagens, erros e acertos.
Quando estiver lendo esta carta. Seguramente já terei deixado a existência terrena, pois pedi a Maya, uma amiga indiana, que guardasse o que escrevi com ela e o enviasse a você, quando eu expirasse.
Já fui padre, mas sempre fui cigano. Filho de um cigano com uma gajona. Parto desse estágio que vivi na Terra, com a certeza de que valeu a pena cada suspiro, cada suor, cada amor, cada desafeto, cada sandice e certeza que tive.
Não sou nenhum exemplo a ser seguido, mas sinto que será bom partilhar o que vivi com quem gosta de viajar fundo em si mesmo.
Ao final da minha jornada, nessa vida, sinto-me maduro, mas minha maturidade não é evidenciada por conceitos e elucubrações filosóficas; e sim por minha vivência. É ela que demonstra o fato de eu não estar mais verde.
Minha canção é feita de sangue
Minha poesia, de dor
Meu sonho é feito de luta
Minha vida, de amor.
Gilberto Carín”
E é com alegria que divido contigo este tesouro que me foi confiado por este ser tão apaixonado e apaixonante, esperando que sua viagem seja tão boa ou quiçá melhor que a minha.
Estou na platéia acompanhando cada passo dessa nova aventura!
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bjo!
Não acredito!!!!Que maravilha!!!Não preciso mais sentir falta de Sete Ciganos.
ResponderExcluirPois é, meus amores. A saga continua. Boa Viagem! Optchá!
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