domingo, 6 de novembro de 2011

O Cigano Peregrino - 45

É noite e tento organizar as lembranças da conversa que tivemos com o grupo hoje à tarde, após meu encontro em particular no Santuário, com Maya. Aperto o cristal e me concentro. Lembro-me de todos nós sentados nos bancos do jardim da casa de nossa anfitriã:
- Penso que é interessante nivelarmos os nossos conhecimentos sobre cada dimensão – sugeriu Maya – a fim de que possamos melhor auxiliar nosso amado Cigano na sua Viagem.
- Concordo com você – anuiu Clara sorrindo.
- Pelo que me consta, a Primeira Dimensão é o Cristal de Ferro no centro da Terra. A partir dele tudo aqui se formou. Nós vibramos com a pulsação desse imenso cristal, que nos harmoniza com todos os seres na cadeia da existência – disse Richard.
- Vale ressaltar que a gravidade que vem dessa dimensão nos mantém fisicamente integrados – complementou Chencha.
- Muito bem, queridos – disse Maya – e o que podemos falar sobre a Segunda Dimensão?
- Trata-se do mundo telúrico – respondeu Coiote Vermelho - e tem como guardiões os Elementais, que são as inteligências radioativas, químicas, minerais, virais e bacterianas.
- É onde a vida começa – concluiu Maria do Céu.
- Isso mesmo, Irmã Maria ... E o que podemos dizer da Terceira Dimensão?
- Não preciso dizer muito – respondi – é onde nos situamos, por enquanto, na maior parte do tempo. É a superfície da Terra, da qual, nós humanos somos os Guardiões.
- Muito bem – disse Maya. - A Quarta compreende o mundo dos mitos e dos arquétipos e é guardada por nossos irmãos Annunaki. É o mundo dos grandes dramas e loucuras dos Deuses. Temos que ter muito cuidado com essas energias.
- E nos abrirmos para as inspirações evolutivas que também emanam de lá – disse Maria do Céu.
- É verdade, irmã – concordou Maya – A Quinta é a que mais me seduz.
- O Amor Incondicional! – Suspirou Clara.
- As Plêiades! – Exclamou Richard.
- A verdadeira Iluminação não está nos rituais, nas ordens secretas, nas religiões e nos livros. Quando se ama, se ilumina e se sabe de todas as coisas – Falei.
- Gosto muito da Sexta Dimensão – falou Chencha – Me encanta pensar no nosso mundo das formas como uma grande réplica da geometria sagrada.
- O que me chama mais a atenção nessa dimensão é a história do Ka. O poderoso Ramsés foi um homem que teve plena consciência do seu poder pessoal – informou-nos Nasser.
- E o que dizer dos sons sagrados da Sétima? – Questionei – É maravilhoso saber que cada átomo presente no Universo possui seu mantra característico!
- E que os terráqueos se mirem no exemplo de Aion! – Sentenciou Coiote – E transcendam os traumas e a dor.
- Para então gozar da plenitude da Mente Divina na Oitava e romper com tudo o que há nesse anti-sistema que oprime e limita o ser – falou Maria do Céu.
- Isso me alegra! – Externou Maya com lágrimas nos olhos – Ver-nos tão amorosos e conectados e saber que além de nós, muitos outros no Universo trabalham pela Luz, pelo Amor e pela Vida faz-me sentir sempre renovada para continuar.
- A nossa missão por vezes é árdua! – desabafou Richard – Mas todo o prazer que há em ser um Agente do Amor compensa qualquer tristeza, cansaço e frustração que seres ainda com dificuldade de amar possam nos causar.
- E vale dizer que não são esses seres que nos magoam – ressaltou Clara – e sim nós que nos magoamos com eles por causa do nosso nível de expectativas projetadas.
- Mas é difícil não esperar, não projetar, não aguardar resultados – disse Coiote.
- Mas não é impossível – falou Maria do Céu acariciando-o – O Amor é paciente.
- Só que muitas vezes, por me amar – testemunhou Maya – tive que deixar de ser paciente com algumas pessoas e abandoná-las.
- Tudo enfim é amor – disse Maria do Céu – E vale mesmo é sermos verdadeiros com o que sentimos, ainda que precisemos ser duros e radicais em determinadas situações. O Amor é tudo: paciente, intransigente, construtor e destruidor...
- Viva o Amor! – Bradei.
- Viva!!! – Todos repetiram.

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